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Egotrip dos infernos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Eu tenho um filho Parte ll (ou "O Post Nijna")


Esse post vai pro meu pequeno comedor de areia que acaba de fazer 2 anos.

Pela primeira vez desde que criei este blog, estou tentando escrever alguma coisa com o meu filho em casa e acordado. Ele está no quarto ao lado se refestelando com os brinquedos de sempre e as novidades que ganhou de natal e aniversário. Já veio até o escritório duas vezes e deixou em cima da cama de hóspedes um balão infame do Tigor (aquele amigo da Lilica Ripilica), uma porrada de bloquinho de madeira com os quais ele ainda não sabe brincar (por isso inventamos o personagem "Joãozila", interpretado pelo meu filho, a quem recorremos depois de construir lindas cidadezinhas e que se prontifica a destruí-las com dedicação e fúria) e um bonequinho do Sully, aquele do Monstros S.A.. Agora ele entrou pra perguntar como é que faz a Dory, a peixe azul do Procurando Nemo e eu tive que cantar aquela musiquinha que ela canta no filme: "Continue a nadar, continue a nadar, continue a nadar, nadar, nadar".
Vida de mãe é uma eterna ribalta, a Broadway caseira. Depois de 5 anos tocando, cantando e sendo bêbada para um público médio de 5 mil pessoas por fim de semana, agora sou uma artista do lar. As vezes penso em capitalizar meus talentos de animadora infantil e montar uma banda para cantar o repertório das músicas de abertura do Discovery Kids, músicas dos Backyardigans, Hi5, Cocoricó, Saltimbancos Trapalhões, cantigas de roda e afins, mas acho que a maioria dos pais não estaria afim de incluir guitarras distorcidas e sons de bateria à baderna que se forma durante as festinhas infantis, muito menos pagar por isso (pausa para ser atacada por um fantoche de jacaré, uma maneira que o João encontrou para me beliscar sem ser repreendido, ou melhor, eu repreendo, mas ele coloca a culpa no jacaré).
Bum, lá se foi o balão do tigor. Eu falei pra ele não encostar na lâmpada do abajur... (acho que ele gostou, pois agora está queimando o olho do jacaré no mesmo lugar).

Além de artista, você também tem que estar com todas as suas faculdades mentais tinindo para a hora em que ele chega e pergunta: "Mãe, puti volami bunadago?" porque se você não souber decifrar e responder rápido, vai assistir a um ataque de manha onde ele procura a parede mais próxima pra dar uma cabeçada e logo em seguida vem chorando pedir beijinho pois se machucou (vixi, arrancou o braço do Sully).
Também tem o pedido: "Mãe, canta aquela musica!" eu pergunto qual e ele responde: "Quela: rumi banadana cabilona junêêê, junêêêê".
Não filhinho essa a mamãe não quer cantar. Vamos cantar a do sapo martelo? (mais cabeçadas na parede).

A frase mais legal que ouvi sobre crianças foi o Jonny Deep quem falou. Era algo como "Ter filhos é a mesma coisa que conviver com amigos bêbados 24h por dia". E é assim mesmo que eles se comportam: não falam coisa com coisa, tomam tombos o tempo todo, fazem brincadeiras sem sentido, fazem charminho, se cagam e se mijam. A única coisa chata é ter que estar sóbria pra cuidar deles. Logo eu que precisava de umas 4 latinhas pra poder subir num palco e ficar lá no fundão com o meu cigarro e o meu teclado, agora tenho que me apresentar durante o dia, sóbria e linda, pro meu respeitável público de um homem só (as vezes 2, mas nunca mais do que isso).

Este post tá ficando sem pé nem cabeça. O João tá aqui do lado cantando "The Lion Sleeps Tonight" e destruindo mais algumas coisinhas. Esse momento foi mais um teste, pra ver se eu conseguia escrever com ele por perto. Acho que com o grau de interferência, até que saiu alguma coisa. Não saberei agora. Não vai dar pra ler porque tá começando o desenho da Pinky Dinky Doo e eu vou ter que ir pra sala fazer a dancinha do "Sim Senhori Positoni" com o João. A graça toda vai estar em postar sem revisar. Beijos e até a próxima (musiquinha do looney toones ao fundo). Por hoje é só, pessoal!