Também tenho blogue!

Egotrip dos infernos.

domingo, 18 de novembro de 2007

Eu tenho uma vizinha

Bem, a gente sempra acha que muda depois de ter filhos, mas em algumas noites, nos permitimos ser os alguéns do passado e foi isso que aconteceu no dia que escrevi este post. Meu alguém do passado costumava escrever de madrugada ao voltar de baladas, sóbria ou não. E foi o que eu fiz neste dia. Só que não estava sóbria e só fui encontrar este texto hoje, no meu gerenciador de postagens. Liguei pro meu marido: "Foi você quem escreveu isso?" Ele disse que não. Ao reler pela 10ª vez comecei a me lembrar. Fui eu mesma. Não parecia texto de bêbado. Não tinha erros de digitação e até que tinha um certo ritmo. E como o que sinto pela Mei corresponde ao que escrevi, resolvi publicar.


Ela se chama Melissa (emblemático, não?) mas podem chamá-la de Mei. Mei de meiga. Mei de qualquer coisa angelical que exista entre o inferno e o inferno. Mei de "oi, tudo bem, como vai?" ou simplesmente Mei de:" Oi! como é o nome do nenêm?"
Não importa como Mei surgiu. O impotante é que Mei esteve sempre lá, desde que me mudei. Mei, Mei, para os íntimos. Mei mei para mim também. Do lado do meu apartamento e surpreendentemente aparecível em qualquer lugar onde eu estivesse me divertindo... lá estava a Mei.
Pra onde a Mei irá, nunca saberei, mas se ficasse por aqui, viraria minha irmã, minha avó, minha filha.
O que virará a Mei? Pouco sei. Só sei que a Mei é a dona do quarto transformado em pista de dança onde o meu João (e só quem sabe quem é o meu João saberia o que significa o meu João neste contexto) dançou alucinadamente pela primeira vez. Onde ele sentiu o que é possível conseguir quando a gente mistura The Clash com luzes intermitentes. Onde ele pôde sentir pela primeira vez o que é uma festa de verdade... e adorou!!!!!!!!
Isso é a casa da Mei. Um lugar pra todo mundo se achar, porque ela logo vai ter que se encontrar longe daqui. Sabendo pouco o que querem dela e muito o que quer de si.
Mei, linda, tudo, tudo, tudante!!! Vá, e só me escreva pra dizer que foi tudo muito bom.

sábado, 17 de novembro de 2007

Eu tenho dois irmãos

Sobre o meu irmão mais velho, já dediquei um post inspirado pois foi ele que me incentivou a criar este blog para narrar as minhas aventuras. Agora não posso deixar de citar meu irmão do meio, o Gui, pois é por causa dele que eu volto aqui de vez em quando pra atualizar essa bagunça. Tudo começou com um tópico do Joe (o tal do irmão mais velho) anunciando que eu tinha criado um blog:

"E não é que minha irmazinha finalmente atendeu aos meus apelos e criou o blógue dela? Bah, ela tem tantas histórias pra contar que era judiação levar tudo pra tumba. Vamos ver quanto tempo dura. O do meu irmão durou três ou quatro posts ..."

Ahhhh, colocou os irmãos pra competir? Comprei a briga na hora! Afinal, o que é mais gostoso do que uma briga entre irmãos? O que pode ser melhor do que GANHAR uma briguinha de vez em quando?

Só que a briga tava fácil. O Gui nunca postava e eu nunca tenho tempo pra escrever. Com uma criança alucinada dentro de casa, quando me sobra tempo, ou eu cago ou dou uma lavada nos cabelos. Minha tática era simples: Quando o Gui se coçava pra publicar alguma coisa, eu ia nos meus arquivos e buscava algum dos textos que escrevi há tempos atrás quando colaborava para revistas e sites. Buscava os mais antigos para garantir que as pessoas que os tivessem lido naquela época já os tivessem esquecido quando visitassem meu blogue (meu blogue é visitado por umas 5 ou 6 pessoas, mas todas elas são próximas de mim o suficiente para terem lido meus textos publicados no passado).

Ontem, durante a minha peregrinação diária por contato externo* descobri não um, mais DOIS posts novos no blogue do Gui.
Pânico!!! Terror!!! Desespero!!! Fiquei em desvantagem. Daqui a alguns dias, ele e o Joe invadirão a caixa de cometários do meu último post pra ficar na torcida: "Atualiza! atualiza! atualiza! atualiza! atualiza!"
Corri pra minha pasta de arquivos antigos. Tudo inútil. Meu nenêm já cochila há 2 horas e daqui a pouco vai acordar e me chamar pra brincar com ele e o blogger se recusa a salvar meu rascunho pra eu poder continuar depois. Tento reler rapidamente os textos do meu arquivo pra ver se algum combina com o meu blogue. Estão obsoletos. A história da minha participação na banda que me tornou municipalmente famosa e faminta tem um tom de despedida bonitinha feita sob encomeda para um site de música para ser publicada junto com a resenha do último disco, até que tá legal, mas pra ser lida lá em 2004. A história do dia que eu cuspi na caipirinha do Evan Dando (aquela bicha viciada em heroína que canta nos Lemonheads) não me parece mais tão divertida e as resenhas de shows que a revista Zero publicava são um apanhado de piadas internas onde o contexto é sempre: "Mimi, Cocó e eu pulando enlouquecidamente durante um show da banda do Cebola". Resenha de disco nem pensar. Decidi nunca mais escrever sobre arte ou coisas abstratas que não domino. A do meu casamento, já publiquei, a do balão, desisti de escrever... o que eu faço agora? O blogger continua se recusando a salvar meu rascunho, então só me resta encontrar uma foto bonitinha dos meus irmãos pra dizer:

GUI, ESSE POST É PRA VOCÊ!!!


Joe e Gui num momento que eles chamaram de metrossexual e eu chamo de outra coisa.

* A Peregrinação Diária por Contato Externo consiste em:
1)abrir o Mozilla direto no gmail enquanto o msn vai carregando, me dar conta de que todas as minhas mensagens são provenientes do orkut e são só pra dizer que @#@$#kkzinha@#$@#$ me convidou pra participar da comunidade "Tenho pernas bonitas";
2) Ir pro orkut apagar os spams irritantes da minha página de recados, que agora podem ser espalhados com videozinhos, fotos e slides de fotos (Eca!), vejo se alguém postou alguma coisa na minha comunidade de pais bêbados e se tem algum membro pendente por lá;
3) Apago os spams do Yahoo mail;
4) Apago os spams do Hotmail;
5) Vou dar uma olhada no blogue do Joe, o meu irmão mais velho;
6) Dou uma olhada nas estatísticas do meu blogue pra ver quantas pessoas ainda acreditam que eu vá atualizar ele em menos de 6 mêses e percebo que as pessoas perderam as esperanças;
7) Dou uma sapeada no kibeloco pra saber os babados do mainstream artístico e político já devidamente filtrados;
8) Passo nas Placas Ridículas pra ver se o cara tá melhor do que eu e atualiza aquela merda (já se passaram 3 meses desde a última vez);
9) Vejo as últimas pérolas registradas no Pérolas do Orkut para reavivar meu descontentamento com a inclusão digital;
10) Por fim, quase no finzinho, passo no blogue do Gui pra ver que ele não atualizou o mesmo;
11) Me enfio no uol e só saio de lá 236 notícias depois.